Curadoria
Suzete Venturelli
Suzete Venturelli
Na exposição Modos Eletrônicos do artista computacional Christus Nóbrega, o corpo é o interagente que atua no real e no espaço virtual. A exposição é o resultado do processo de criação do artista que toma por base o modelo da endofísica, termo cunhado por David Finkelstein, no qual as interações em tempo real entre pessoas e computadores convergem para o pressuposto que o mundo é a interface. A idéia é que o sujeito então passe a ser o observador interno e externo do mundo do qual faz parte. De certo modo, também, a exposição apresenta como a arte computacional, deslocou a arte do estado centrado no objeto a um estado direcionado ao contexto e ao observador, ou seja, ocorre uma transição desde sistemas fechados a sistema abertos, não definidos e incompletos; desde o mundo da necessidade a um mundo de variáveis manipuladas pelo observador, desde a monoperspectiva à perspectiva múltipla, desde a hegemonia ao pluralismo, do texto ao hipertexto, do lugar ao não lugar, da totalidade ao particular, da objetividade a relatividade do observador, da ditadura do meio artístico à subjetividade do mundo imanente da máquina e ao sublime.
Mostra como a arte computacional pode levar o corpo do observador para dentro do sistema, levando o observador, a observar o sistema desde fora e pensar na interface como algo que se estende em terminais nanométricos e endofísicos, pois passamos a formar enquanto seres humanos parte de um mundo que também somos capazes de observar. Só assim, nos liberamos da prisão das coordenadas de espaço e tempo descritas por Descartes, e passamos, segundo Peter Weibel, a ser superobservadores. A realidade virtual, as instalações computacionais interativas, a endofísica, a nanotecnologia etc., são tecnologias do presente expandido, modos de transcender o horizonte local e os acontecimentos que lá ocorrem. Tudo isto constitui uma tecnologia que nos libera de instâncias da realidade. A realidade e as contingências relativas ao observador trazem valiosas formas de discurso para a estética da auto-referência (o mundo intrínseco dos sinais da imagem), a virtualidade (o caráter imaterial das seqüências das imagens) e a interatividade (a relatividade da imagem em relação ao observador).
Sobre Christus Nóbrega
Christus Nóbrega, paraibano radicado em Brasília, é Doutorando e Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília (UnB) e graduado em Design pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Atua como professor e artista-pesquisador no Instituto de Artes da UnB. É autor de livros e artigos científicos e vem participado regularmente de exposições nacionais e internacionais de arte e tecnologia. Atualmente é diretor do Museu Virtual de Arte Popular (MUVAP) e do Festival Internacional de Arte e Mídia (FAM). Em seu mestrado desenvolveu o primeiro robô brasileiro capaz de responder afetivamente ao humano e ao meio ambiente. No doutorado pesquisa novos sistemas de moradia baseados em inteligência artificial, cibernética e cibercultura, onde irá propor a construção de uma casa do futuro.
Eu quero ver a caaaaaaaara dessa expôo, heeeeein?!?!?
ResponderExcluirAha,ah,aha,ha,ha,ha,ha,ah,ah,aha,ha,ha,haa
Bom D+
ResponderExcluirMuito interessante! Quando esta exposição vai ao Rio de Janeiro?
ResponderExcluirass. Simone
Adorei! Muito original. Espero ver essa exposição em São Paulo.
ResponderExcluirMarisa
adelaide,rociana,irla,thays,josicleide:adoramos foi bastante interessante,divertido...percebemos que estamos rodeados sempre da tecnologia!
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